— O que você disse? — A voz de Adriano se elevou abruptamente, num grito de incredulidade. Sua visão escureceu por um momento e ele precisou segurar o batente da porta para firmar o corpo, que oscilava.
Ao ouvir aquilo, Mário se levantou num sobressalto tão violento que derrubou o banco da penteadeira, sentindo o coração quase parar naquele instante. O assistente, percebendo o choque, apressou-se em explicar:
— Nossas investigações apontaram que a Srta. Irene foi para a região de Abyei, mas acabamos de receber a notícia de que um grupo de Médicos Sem Fronteiras que entrou na zona de guerra foi brutalmente emboscado e assassinado. Entre as vítimas, há duas mulheres do nosso país. As identidades ainda não foram totalmente confirmadas, mas todas as características coincidem de forma alarmante.
— Impossível! — Adriano cravou as unhas na madeira da porta, sibilando as palavras por entre os dentes cerrados. — Ela não pode ter morrido. Ela não vai morrer! Vou procurá-la agora mesmo!
Mário cam