Durante as horas que restaram da madrugada, a casa foi tomada por uma movimentação silenciosa e determinada. Thanar desenhou runas em mapas ancestrais, os dedos manchados de carvão mágico. Peter afiava as lâminas de prata consagrada com movimentos ritmados, enquanto Klaus esculpia símbolos arcanos nas estacas que levaria, encantando-as com murmúrios em uma língua esquecida.

Brianna, por sua vez, voltou ao antigo quarto de sua avó. Ali, em meio a livros de capa de couro e frascos de poções, encontrou o manto da Linhagem — um tecido negro com bordados prateados, que brilhavam sob a luz da vela como galhos de uma árvore viva.

Ela o vestiu lentamente, sentindo o peso da tradição e do sangue que corria em suas veias. A Guardiã não era apenas uma bruxa. Era um elo entre mundos, uma ponte entre o que foi e o que poderia ser.

Na sala, encontrou Klaus sozinho, olhando para o fogo da lareira com um semblante sombrio.

— Está com medo? — ela perguntou.

Ele demorou a responder. — Não por mim. Por