O dia seguinte nasceu cinzento em Raventon, como se o próprio céu lamentasse silenciosamente o peso das escolhas que estavam prestes a ser feitas. As nuvens pairavam densas sobre a floresta, e o vento sussurrava entre os galhos secos, trazendo consigo uma inquietação que nem mesmo os feitiços mais antigos conseguiam silenciar.
Mas, no interior da velha casa dos Silver, protegida por encantos ancestrais, o tempo parecia suspenso. Cada cômodo respirava com calma, como se o mundo exterior fosse apenas uma lembrança distante.
Brianna despertou sozinha no quarto que dividira com Peter. O lençol ainda guardava o calor e o cheiro dele — madeira, terra e pele. Um conforto agridoce, como uma memória recente que se recusa a partir. Ela se levantou lentamente, os cabelos caindo sobre os ombros nus, e vestiu um robe escuro antes de caminhar até a varanda, guiada por um pressentimento que apertava seu peito desde o instante em que abrira os olhos.
Lá fora, Klaus a esperava.
Sentado no parapeito de