Durante dias, Raventon deixou de pertencer ao tempo.
O céu permaneceu cinza, sem transições entre dia e noite — como se o mundo tivesse prendido a respiração. O ar vibrava com a eletricidade de algo prestes a nascer… ou morrer. Nenhuma brisa, nenhum canto de ave. A floresta sabia. E temia.
Na clareira central, o selo crescia como uma ferida aberta na terra. Marcas antigas gravadas com sangue, sal, ossos pulverizados e magia. Thanar se movia como um espectro, os pés descalços riscando linhas delicadas com uma concentração quase religiosa. Cada gesto seu parecia envelhecer o mundo um pouco mais.
Peter observava em silêncio, a pele semibestial exposta ao frio, os olhos atentos a cada movimento suspeito. Klaus permanecia à sombra das árvores, os braços cruzados, os olhos fixos em Thanar, desconfiado — como se esperasse que ele traísse todos a qualquer momento. Brianna estava entre eles. A conexão entre os três, agora selada por algo mais profundo que carne e desejo.
— Vocês devem entender