42 O sumiço do dinheiro
Raul estremeceu de susto, seus olhos escureceram, levantou-se enfurecido e jogou violentamente a mesa de café para longe. Como uma fera, dirigiu-se até a mulher.

Ele a puxou pelos braços e a sacudiu, vociferando:

“Está louca?! Não me faça perder a paciência com você, sua rabugenta selvagem.”

Ela inclinou a cabeça e chorou quando escutou a palavra selvagem, pois era exatamente assim que se sentia naquele lugar.

Ele a prendia com truculência à parede enquanto sibilava, enfatizando cada palavra:

“Nunca mais te trago comigo.”

“Me solta!”

Ele continuou a segurá-la, exprimindo com a voz carregada de furor:

“O que você quer? Que tenhamos um casamento feliz depois de tudo que aconteceu?”

Ela respondeu enfezada:

“Eu quero o desquite! Não quero continuar casada com você.”

Raul a soltou surpreso.

“É isso mesmo que quer?”

“Sim!”

“E acha que vai conseguir se livrar de mim fácil assim?”

“Eu não sou sua escrava, não sou obrigada a viver com você.”

Ela pegou sua
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