Sentindo o cheiro diferente, no paletó de Brendan, Deirdre se afastou e disse, com sarcasmo:
― Ahhh, eu me sinto tão mal por você. Passar um tempo de qualidade com Charlene deve tê-lo esgotado, mas o dever o obrigou a continuar fingindo ser um bom pai e voltar para casa, para me acompanhar a este insignificante pré-natal! ―
Brendan enrijeceu. Seus lábios se separaram como se ele quisesse dizer, algo antes de desistir e responder, em voz triste:
― Vamos. Vou levar você até o carro. ―
― Oh, não precisa se incomodar comigo. ― Deirdre vestiu o casaco e sua hostilidade era palpável quando caminhou até o veículo, o mais rápido que sua parca visão permitia, até ocupar o assento do passageiro.
A viagem foi silenciosa e nenhum observador acreditaria que, alguns dias atrás, aqueles dois eram um casal que se dava as mãos, sempre que paravam em um semáforo.
A dupla chegou ao hospital e foi encaminhada para o consultório médico do obstetra. Quando o monitor exibiu a imagem, em tons de cinza,