Madame Russel ainda estava falando, mas Deirdre sentiu o sangue gelar e a pressão cair, conforme a compreensão a atingia.
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Em algum lugar de uma sala, Sam pegou o celular da mão de madame Russel e disse a Brendan, que estava taciturno, sentado no sofá do canto:
― A ligação foi desligada, senhor. ―
O queixo esculpido do magnata estava perfeitamente separado em escuridão e luz sob a iluminação fraca. Suas pupilas escuras escondidas nas sombras brilhavam como obsidiana. Seu terno bem ajustado complementava sua figura alta e esguia, mas toda a presença exalava uma aura ameaçadora, mas fria.
O magnata tamborilou no couro do sofá com os dedos. Aquela era a primeira vez que ouvia a voz de Deirdre, desde o dia em que fugira, e a jovem parecia estar vivendo muito bem. A julgar pela voz, muito melhor do que quando estava com ele.
Ao pensar nisso, não pôde deixar de apertar o punho até que os nós dos dedos ficassem brancos. O monstro não conseguia entender por que Deirdre era capaz de vive