― Deirdre, vou procurar comida na montanha. Vá colher alguns legumes no quintal para comermos quando eu voltar. ―
― Está bem. ― A jovem assentiu. Então, segurou o batente da porta e fechou os olhos confortavelmente sob a luz do sol. Já fazia três dias que ela vivia seguindo rigorosamente uma rotina.
As feridas em suas mãos ainda não tinham começado a cicatrizar, mas os arranhões em seu corpo estavam começando a desaparecer.
Ela acreditava que a dor penetrante que irradiava de suas palmas ocasionalmente diminuiria, em mais alguns dias e parecia que a vida havia voltado ao normal, como antes de conhecer Kyran.
Ela carregou a cesta e caminhou com segurança até o quintal. A visão diante de seus olhos escurecia com frequência, então ela não conseguia ver o caminho com a nitidez que gostaria, por isso, tentava sempre fazer os caminhos de memória, como quando era cega.
Ela colhia verduras no quintal, mas, antes que pudesse enxer a cesta, um par de mãos enormes se estendeu para ela.
― De