O chalé erguia-se entre as montanhas como refúgio silencioso. Rhaek havia partido sem grandes explicações, apenas avisara que precisava de dias longe da mansão, longe da matilha, longe até de Narelle. Carregava no peito uma ferida que não sangrava por fora, mas corroía por dentro.
No silêncio das paredes de madeira, buscava respostas em garrafas de vinho e no vento que assobiava pelas frestas. A traição de Narelle, ainda que confessada com uma mentira, ecoava como sentença que nenhum Alpha gostaria de ouvir.
Na mansão, Narelle mantinha a postura. Cuidava dos filhos adolescentes, organizava a vida da matilha, mas a ausência de Rhaek transformava cada amanhecer em vazio. Luxor, agora homem feito, assumira os negócios com firmeza; as empresas prosperavam sob sua liderança, garantindo que o nome Vorn permanecesse forte no mundo humano.
Ainda assim, no íntimo, Narelle sabia que nunca deveria ter contado a Rhaek sobre aquele deslize. Pior: se ele descobrisse que não se tratava de um humano a