Antes que Teresa pudesse processar o que estava acontecendo, Kael entrou na cozinha, com suor escorrendo pela testa.

“Meu amor, você está toda suada”, disse a mulher com uma familiaridade que fez o estômago de Teresa revirar. Ela enxugou o rosto de Kael com as duas mãos e ele sorriu ternamente para ela.

Teresa observou com indignação aquela mulher lavar as mãos, cortar um pedacinho de macaron de framboesa e oferecer a Kael, que aceitou de bom grado.

—É sua sobremesa favorita. Só eu sei fazer como você gosta. Sem pensar duas vezes, a mulher se inclinou e beijou a bochecha de Kael com uma naturalidade que finalmente superou a paciência de Teresa.

O som da tigela que Teresa jogou ao ar ecoou pela cozinha. A mulher mal virou a cabeça, esquivando-se do impacto com a agilidade de um lobo.

—Kael, seu desgraçado! —Teresa gritou com o rosto vermelho de raiva—. Você me prometeu que não seria infiel comigo! Você disse que os lobos não poderiam trair seus companheiros, e agora você está me atacan