O quarto estava mergulhado em sombras, apenas a luz fraca da luminária iluminando o rosto crispado de Juli. Sentada na beira da cama, ela segurava o telefone com força, a voz trêmula e carregada de raiva.
— Você não entende! — gritava para a amiga do outro lado da linha — Ele ainda pensa nela! Ainda chama o nome dela à noite! Como pode? Eu estou aqui, eu sou tudo para ele, e mesmo assim… — ela bateu na cama, respirando com dificuldade, os olhos brilhando de ódio — mesmo assim, ele ainda lembra dela!
A amiga tentava acalmar:
— Juli, você sabe… ele não ama ela, ela é só uma escrava
— nao importaa ? Ele não deveria nem lembrar dela! — Juli interrompeu, a voz virando um sussurro perigoso — Eu fiz tudo… eu dei tudo… e mesmo assim… ela ainda existe. Ela ainda respira, ele ainda pensa nela, e ele… ele… — a raiva a consumia, transformando o ciúme em algo quase físico. — Ele a chama pelo nome!
Ela começou a andar pelo quarto, agitada, os dedos apertando o telefone até ficar branco. Cada pala