Na manhã seguinte Eloise acordou mais tarde do que de costume, com os olhos ainda pesados e a mente embaralhada pelos últimos dias. O julgamento, a sentença, a confissãode Jonas. Tudo se misturava como se tivesse sido um sonho confuso demais para ser real. Mas bastou ela ligar a televisão para perceber que não havia sonho algum.
A primeira imagem que apareceu foi a de seu pai, escoltado pelos guardas, sendo levado para fora do tribunal. A manchete, em letras vermelhas, ocupava a parte inferior da tela:
“Jonas Romile condenado a 40 anos de prisão — confissão choca o país.”
Eloise engoliu em seco. O rosto dele estava estampado em todos os canais, em todos os sites que ela abriu pelo celular. As fotos se repetiam: Jonas algemado, Jonas erguendo o rosto com orgulho, Jonas olhando fixamente para ela antes de ser levado.
O telefone vibrou ao lado. Uma mensagem de Katherine:
“Você viu? Está em todo lugar. Quer que eu vá até aí?”
Eloise suspirou. Estava tentada a aceitar, mas sabia que Kather