Phillip ainda estava absorvendo a nova informação quando Katherine tocou sua mão. No olhar dela havia algo de triste, como se aquele nome trouxesse lembranças que não eram suas, mas que carregava por empatia.
— Eu não sei os detalhes… — ela começou, com voz baixa, como quem caminha por um terreno frágil. — Só sei o que a Eloise me contou em pedaços, sempre com muito esforço, como se cada palavra arrancasse algo de dentro dela.
Phillip a observava em silêncio, atento a cada palavra. Katherine suspirou, apoiando o corpo contra o travesseiro.
— Quando era pequena, Eloise era a princesinha do pai. — disse, com um sorriso triste. — Ele a tratava como um tesouro. Ela contava que os olhos dele brilhavam sempre que a via. Fazia questão de estar presente, de dar presentes, de levá-la para passeios. Miguel Romile era o herói dela.
Phillip franziu o cenho, absorvendo a imagem de uma Eloise menina, correndo pelos corredores de uma casa luxuosa, gargalhando, acreditando que o pai era seu maior ali