A estrada até a casa de Eduardo foi percorrida em um silêncio total. Apenas o som abafado dos pneus contra o asfalto preenchia o espaço. Do banco de trás, Noah dormia profundamente, a cabeça apoiada no colo de Jinx, os braços ainda presos no reflexo de se agarrar a alguém. Dormia, mas não em paz, seu pequeno corpo estremecia vez ou outra, e seus lábios murmuravam sons incoerentes, como se os horrores vividos ainda estivessem acontecendo em seus sonhos.
Eduardo, ao volante, lançava olhares para ele de tempos em tempos. O peito dele parecia comprimido, como se cada respiração fosse dolorosa. Ele tentava se manter firme, mas as mãos no volante tremiam, e era impossível esquecer o instante em que Noah o chamou de "pai" de forma tão desesperada. Não era aquele jeito que imaginou ouvir aquela palavra e não conseguia se sentir feliz pelo momento que o levou a aceitá-lo.
Quando o carro virou a esquina da rua familiar, a cena na rua o pegou de surpresa.
Quatro veículos estavam estacionados em