O corredor parecia um pesadelo interminável. Cada passo deles parecia alto demais, como se o som pudesse chamar a atenção dos monstros que os caçavam. O ar estava pesado, impregnado pelo cheiro acre da pólvora e pelo ferro do sangue.
Noah mantinha os olhos fixos nas costas de Jase, tentando não desviar o olhar para os lados, onde manchas escuras no chão e pegadas marcadas em vermelho denunciavam a tragédia. O coração do menino batia tão forte que ele podia senti-lo nas orelhas, abafando todos os outros sons.
De repente, Anna tropeçou em algo mole. O pequeno grito dela foi abafado pela mão da professora, mas já era tarde: todos olharam em sua direção.
E o que viram fez o mundo parar.
Um corpo, caído de bruços, encharcado de sangue seco e fresco. Mas não era apenas isso. O uniforme estava rasgado em dezenas de lugares, e quando a professora, instintivamente, puxou Anna para longe, o corpo virou ligeiramente, revelando o rosto, ou o que havia sobrado dele.
Não era mais um rosto humano. E