O sol da manhã iluminava parcialmente a sala, mas a luz não era suficiente para aquecer Noah. Ele se sentava na carteira, tentando se concentrar nas folhas de exercícios à sua frente, mas sentia todos os olhares pesando em cima dele. Desde que começou a estudar, alguns colegas pareciam determinados a encontrar motivos para provocá-lo. Noah, com 11 anos, já tinha passado por algumas situações desconfortáveis, mas nada tão incisivo quanto o que se aproximava naquele dia.
Tudo começou quando Lucas, um garoto mais velho da sala, ajeitou o cabelo para trás com um sorriso malicioso e apontou para Noah.
— Ei, olha só esse corte de cabelo ridículo! — disse, alto o suficiente para chamar atenção de todos. — Parece que você se penteou com uma tesoura cega!
Noah enrijeceu na cadeira, desviando o olhar, mas não respondeu. Ele sabia que qualquer tentativa de retaliação apenas pioraria a situação. No entanto, a provocação de Lucas funcionou como um sinal. Em segundos, outros dois garotos se aproxim