O sol ainda era gentil quando Eduardo estacionou o carro diante da praia. O céu tingido de tons pastel refletia no mar calmo, e a brisa salgada que entrava pelas janelas abertas parecia acariciar os cabelos de Amanda com uma ternura rara. Ela usava um vestido leve, que balançava com o vento. O rosto, embora pálido e cansado, carregava um brilho diferente. Era paz, talvez. Ou resignação.
No banco de trás, Noah olhava pela janela atentamente. Assim que Eduardo desligou o carro, ele abriu a porta com pressa e correu até a areia, tirando os chinelos no caminho.
— Ei! — Amanda chamou, com a voz fraca, mas sorridente. — Não vá tão longe, garoto.
Eduardo desceu e contornou o carro para ajudá-la. Mesmo contra a vontade dela, ele a amparou com um braço em sua cintura e segurou sua mão com cuidado.
— Está se sentindo bem? — ele perguntou, olhando o caminho de areia.
— Ainda estou viva, não estou? — retrucou ela, com uma pontinha de ironia antes de inspirar fundo o ar marinho. — Não tem cheiro d