Livro 2: 31 - Meu porto seguro

Eduardo caminhou pelas ruas sem saber ao certo para onde ia. O mundo parecia embaçado, os sons abafados, como se algo dentro dele tivesse desligado. Suas mãos tremiam um pouco enquanto ele relia a última mensagem de Jinx no celular, aquela que ela mandara antes do encontro:

"Boa sorte. Te amo."

Como seria contar tudo agora? Como traduzir em palavras o que ainda soava absurdo até para ele? Um filho. De quase onze anos. Um filho seu.

Quando chegou em casa, abriu a porta devagar, como se o silêncio do apartamento pudesse acolhê-lo ou despedaçá-lo ainda mais. Jinx estava sentada no sofá, de pernas cruzadas, um livro no colo. Mas ela não lia. Os olhos estavam fixos na porta. Ela se levantou assim que o viu.

— Você demorou... — disse com suavidade, mas logo notou o semblante dele. — Está tudo bem?

Bastou apenas um olhar para ela, um único olhar para seus olhos marejarem e os ombros pesarem como se a carga fosse grande demais para ele sozinho.

— Eu... preciso te contar uma coisa. — murmurou.
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