No momento em que Adônis tropeçou no The Tipsy Tortoise, o ar ao seu redor pareceu azedar. Risadas, o tilintar de copos, o zumbido das conversas, tudo era ruído de fundo, abafado pela tempestade que o assolava dentro de si. Seus movimentos eram pesados, instáveis, sua raiva mal disfarçada sob o efeito do excesso de álcool.
Walter o avistou imediatamente de trás do balcão.
— E aí, Adônis.
Adônis o ignorou. Nenhum aceno, nenhum olhar, apenas uma marcha direta em direção à área VIP, com as mãos enfiadas nos bolsos, os ombros curvados como se carregasse o peso de algo insuportável.
Walter expirou bruscamente. Sabia que aquilo não ia ser bom. Virando-se para Henry, seu barman, murmurou:
— Ninguém entra no VIP. Só nós. Se ele começar a ficar muito agitado, a gente corta o negócio. Não me importa o quão bêbado ele fique.
Henry assentiu.
— Entendido.
Walter arrancou o avental e o jogou num gancho.
— Se precisar de mim, estarei cuidando daquela bagunça. — Ele apontou o polegar em direção à sal