— Espera... quem morreu?
Walter soltou uma risada sem graça. Mas Adônis nem olhou para o Lucas. Nenhum comentário espertinho, nenhum revirar de olhos. Apenas pegou outra dose e virou como água.
O sorriso irônico de Lucas desapareceu. Ele pousou a sacola e se encostou na mesa.
— Tão ruim assim?
— Pior. — murmurou Walter, sem tirar os olhos de Adônis.
Adônis zombou, rolando o copo entre os dedos.
— Eu simplesmente não entendo. Como ela pôde ir embora assim? Ela não tem ninguém além de mim.
Walter endireitou-se, sua raiva estava aumentando.
— Ah, você não disse isso.
Lucas estreitou os olhos, seu humor tranquilo de sempre desapareceu.
— Cara...
Adônis ergueu as mãos.
— O quê? É a verdade! Quem mais ela tem? Eu era a família dela, e ela simplesmente... — sua voz ficou amarga — ...fez uma mala e foi embora como se eu não fosse nada.
Walter o encarou, com desgosto estampado no rosto.
— Como se você não fosse nada? Tá falando sério? Depois de tudo?
Lucas balançou a cabeça, abrindo as Pringle