Sangue manchava o piso, um rastro grotesco marcando o rastejar frenético de Phillip pela entrada. Suas mãos escorregavam, trêmulas, cobertas de sangue. Cada respiração rasgava sua garganta como estilhaços. O taser o deixara trêmulo e desorientado, mas a adrenalina subia agora, abafando a dor, sobrepujando a lógica.
Cambaleante, ele se lançou em direção ao console do corredor. Suas mãos arrancavam gavetas com violência, jogando papéis e objetos ao chão.
Onde estavam as chaves?
O tempo escapava.
Ele se lembrou do celular. Debaixo do sofá.
Caiu de joelhos, enfiando a mão entre as almofadas com desespero até sentir o objeto frio. Puxou o aparelho. A tela tremia em seus dedos manchados de sangue.
As câmeras haviam sido desligadas às 22h16.
Eram 22h23.
Sete minutos.
Ligou para Eduardo.
Correio de voz.
De novo.
Correio de voz.
Então tentou Josh.
— Phillip?
— Levaram a Katherine. — A voz dele falhou. — Eles invadiram a casa. Ela... ela sumiu.
— Jesus Cristo. Certo. Estamos indo até você. Fiq