DAMIAN WINTER
Entrei no quarto e encostei a porta atrás de mim, sem pressa. Sophie ainda segurava o celular contra a cama, os olhos dela estavam arregalados, mas em segundos assumiram uma expressão forçada de normalidade.
— Era apenas o Stephan. — disse de repente, erguendo o queixo, tentando soar convincente.
Arqueei uma sobrancelha. Stephan era o primo inútil dela. Aquele sujeito que eu sempre considerei um parasita. A simples menção dele me dava náusea.
— Stephan? — repeti devagar. — E o que exatamente você teria para tratar com ele nesse momento?
— Ele ficou preocupado, quis saber como eu estava. — respondeu rápido. — Não vejo nada de errado nisso.
Não acreditei, mas fingi. Aquele sujeito não se preocupava com ninguém além de si mesmo. Cruzei os braços, deixando escapar um sorriso frio.
— Interessante... — murmurei. — E quem trouxe esse celular para você, se eu mesmo não entreguei?
Seus dedos tamborilaram no lençol, nervosos.
— Pedi para o segurança. — disse enfim. — Pedi junto co