DAMIAN WINTER
Fechei a porta do quarto devagar. Apollo e Orion finalmente tinham parado de chorar, estavam com os olhos inchados e os corpinhos pequenos tremendo no meio dos lençóis. Dei boa-noite, prometi que traria o irmão de volta e, quando puxei a coberta sobre eles, senti a força desmoronando um pouco dentro de mim.
Eles acreditaram. Precisavam acreditar.
Cruzei o corredor, forçando cada músculo do meu corpo a manter a compostura. No andar de baixo, Stella me esperava na sala, sentada no sofá com o braço engessado apoiado em uma almofada. O rosto dela estava pálido e os olhos vermelhos como se tivesse lutado para não chorar na frente dos gêmeos.
— Eles dormiram? — perguntou, assim que me viu me aproximar.
— Estão exaustos. — respondi, direto, e fui até a mesa onde os monitores estavam dispostos. — Vão ficar bem.
Sentei, ajeitando um fone no ouvido e entreguei o outro para Stella. Ela se inclinou um pouco para o lado, tentando enxergar a tela.
A tela piscava em verde, um ponto em