STELLA HARPER
A maçaneta girou devagar e, no instante seguinte em que a porta se abriu, Sophie largou meu pescoço num movimento brusco, mas rápido o bastante para não levantar suspeitas de quem entrava. Colocou a máscara de volta ao rosto.
Deu dois passos para trás, ajeitando os cabelos com fingida naturalidade, e saiu apressada pela porta sem olhar para trás.
Eu fiquei ali, arfando, tossindo desesperadamente, o ar voltando aos meus pulmões como se tivesse acabado de emergir debaixo d’água.
A enfermeira verdadeira entrou apressada. Era uma mulher de meia-idade, com jaleco azul claro e crachá pendurado. Ao me ver sufocando, correu para o meu lado.
— Senhorita Harper! O que aconteceu? — perguntou, já checando minha pulsação e afastando os lençóis para verificar meu estado.
— Aquela mulher… — consegui dizer entre tosses fortes, minha garganta estava queimando. — Ela tentou me matar sufocada…
A enfermeira arregalou os olhos.
— Que mulher?
— A enfermeira que saiu daqui… — respirei fundo, t