Percebendo estar diante de Richard Carter, Silvia sente um nó em sua garganta, mas tenta se recompor.
— E-eu — gagueja. — Eu não pensei que você viria — diz, quando consegue reformular as frases em sua boca.
— Cadê a Alice? — pergunta, sem fazer nenhuma cerimônia.
— Ela não está aqui, saiu para procurar emprego mais cedo.
— E a criança, está com você? — A voz de Richard é grave e demonstra que não está nem um pouco satisfeito com aquela situação.
— A Lily está comigo — responde, bloqueando a porta. — Mas acho que é melhor você conversar com a Alice primeiro antes de vê-la.
— Se ela é mesmo a minha filha, exijo vê-la agora mesmo! — reivindica.
Como mãe, Silvia pensa que é errado deixar que Richard entre naquele apartamento sem a autorização de Alice, mas, como advogada, sabe que é melhor fazer o que ele pede, ou sabia que as coisas ficariam feias para a filha.
— Pode entrar — diz, com voz trêmula.
Quando Richard adentra a sala, vê um carrinho de bebê próximo ao sofá, então se aproxima