Já se passavam horas desde que estávamos naquele quarto sujo. Meu estômago embrulhava e minha cabeça doía. A essa hora já era para eu estar casada e em algum lugar com o meu marido.
 — Até quando vamos ficar presas aqui? — Sophie sussurrou.
 — Não sei, mas o papai vai nos encontrar — falei, tentando manter a esperança.
 — É tudo culpa da Jade! — Daphne explodiu. — Como ela pode nos trair assim?
 — Reclamar não resolve — Sophie respondeu, sacudindo a cabeça.
 — Claro que isso não teria acontecido se você não tivesse sido esperta! — retrucou Daphne.
 — Está dizendo que a culpa de estarmos aqui é minha?!
 — Sim!
 Sinto minha barriga roncar. Fazia horas que eu não comia nada. Eu estava morrendo de fome.
 Me deitei na cama, cercada pelo silêncio opressivo. A discussão das meninas ecoava em minha mente. Minha mão tremia ao tocar minha barriga. O medo de perder tudo era paralisante. Lágrimas quentes escorriam, revelando minha vulnerabilidade. Eu não podia perder meu bebê.
 De repente a por