Terminar um relacionamento nunca é fácil, mas Morgana está determinada a recomeçar sua vida longe de Victor. Um novo emprego vai levá-la, junto com seus dois melhores amigos, para São Paulo, e essa será a sua oportunidade para tomar as rédeas da própria vida. Morg, Zula e Will terão a chance de fazer dessa mudança o primeiro passo para suas carreiras de sucesso, mas o preço dessa tão sonhada liberdade é deixar pessoas importantes para trás. Desde que se formou na Faculdade de Letras, Morg almeja trabalhar com aquilo que mais ama: a escrita. Por isso, não pensou duas vezes antes de aceitar o convite para assinar a coluna Quem Manda no Amor, na Revista Bela, Descarada e Singular. Porém, entre publicações na revista e em seu blog pessoal, ela vai se deparar com costumes e tradições que acreditava pertencerem ao passado, mas que serão capazes de afetar o seu presente e futuro. Inesperadamente, Morgana vai experimentar o amor como nunca imaginou, mas se render a esse sentimento pode ir contra tudo o que planejou para a sua nova vida. Ela também vai descobrir que não adianta fugir quando um certo ex está disposto a atormentar.
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Pílula diária de verdades difíceis de engolir: O seu sonho não vai se realizar sozinho.
Falando em sonhos, essa noite eu tive um sonho estranho. Muito estranho. Eu estava dentro de um tuk tuk, aqueles veículos usados na Índia que são uma espécie de carroça, mas conduzidos por pessoas. O trânsito era totalmente caótico e eu não fazia ideia de onde estávamos indo. Sim, eu não estava sozinha. Ao meu lado tinha uma mulher mais velha coberta por um tecido verde com bordado branco em relevo e acabamentos em dourado, a cara da riqueza. Seu rosto tinha uma expressão intensa devido a maquiagem bem marcada com kajal. Nas mãos dela, que seguravam as minhas, tinham desenhos em linhas pretas que eu acompanhava com os olhos sem prestar muita atenção no que ela dizia, apesar do seu tom urgente. O tuk tuk freou bruscamente quando um camelo passou na nossa frente e eu cambaleei no banco, percebendo pela primeira vez o vestido longo e vermelho vivo que eu estava usando. O meu sari era muito parecido com os que já vi várias vezes na TV em programas ou novelas que reproduzem casamentos entre indianos. Meus braços, assim como os da mulher desconhecida, também estavam repletos de braceletes de ouro e cobertos pelos desenhos em henna imitando uma renda perfeita. Em meus dedos tinham vários anéis cravejados de pedras preciosas e a mulher do meu lado insistia para que eu cobrisse a minha cabeça com uma espécie de véu pesado combinando com o vestido. Eu estava me sentindo a própria Maya da novela Caminho das Índias quando, com um novo solavanco do tuk tuk, eu acordei. Estranho, não? A primeira coisa que eu fiz foi pular da cama e olhar pela janela pra ver se eu via o Taj Mahal. Não vi =(
Alguém aí entende de significado de sonhos?
Até mais, moranguinhos.
XOXO
Não foi nada fácil deixar Ravi de volta no aeroporto. Depois de duas semanas grudados, quase que em lua de mel, é como se parte de mim estivesse indo embora junto com ele. Quando ele me disse que estava vindo para o Brasil eu fiquei em choque, pois nunca tinha imaginado a mínima possibilidade de nos conhecermos pessoalmente. Tudo começou com uma pesquisa para a minha matéria de estreia na revista e acabei encontrando um novo amor. É estranho, pois meu coração ainda está se curando do relacionamento tóxico que tinha com Victor, mas a cada minuto ao lado de Ravi era como se ele cuidasse das minhas feridas com carinho e paciência. Passamos os primeiros dias em uma pousada do tipo chalé com uma praia reservada e um pouco afastada do centro de Arraial do Cabo, mas ainda assim era perto da casa dos meus pais. No começo, nem queríamos saber da prai
Blog da Morg Pílula diária de verdades difíceis de engolir: Às vezes, a vida exige uma pausa para respirar e você não é fraca(o) por reconhecer suas necessidades. Ai, aconteceu tanta coisa nos últimos dias que estou até ofegando para contar a vocês. Eu conheci o homem dos meus sonhos! Vocês lembram que há uns meses eu contei sobre um sonho mega estranho que tive vestida de sari em um tuk-tuk na Índia? Pois agora ele faz todo o sentido! Ravi é o nome do indiano que roubou meu coração doente e começou um belo processo de cura. E
Alguém afunda um prego com um martelo nas minhas têmporas, é a única explicação para a dor excruciante que é abrir as pálpebras. O quarto está um breu, o que indica ter anoitecido. Eu nem sei como vim parar aqui em cima. O bar do hotel estava vazio, fiquei sentado bebendo por um tempo enquanto olhava a foto que tirei dela, furtivamente. O sorriso me corroendo por dentro. Ela não aprendeu nada. Como ela pode achar que essa falsa felicidade chega perto do que nós tivemos? Do que nós TEMOS! A garrafa de vodka foi substituída pela de whisky e o líquido âmbar queimou em minhas veias só o suficiente para acender a minha raiva. Eu não sei quem é aquele cara, mas ele vai se ar
Blog da MorgPílula diária de verdades difíceis de engolir: Sobre expectativas: não as crie ou terá que viver sempre sob o espectro da sua vontade fazendo sombra sobre a verdade. Vai dizer que você nunca criou altas expectativas em relação ao crush? Que atire a primeira pedra aquela que já não saiu do primeiro encontro planejando o casamento, vestido de noiva, lua de mel, nomes dos filhos... É algo que está no nosso DNA. Nós fazemos planos envolvendo terceiros sem nem saber se essas pessoas querem e
Depois do restaurante, decidimos visitar o MASP, pois é um lugar que seria uma experiência nova para ambos, já que eu ainda não tinha tido a oportunidade de conhecer. Fico impressionada com o lugar e faço uma anotação mental para voltar aqui sozinha depois, para ter a chance de apreciar tudo como se deve. Afinal, com Ravi ao meu lado eu mal consigo me concentrar nos meus próprios pés. Andamos de mãos dadas e conversando. Ele se interessa por tudo que digo sobre as diferenças da vida no litoral do Rio de Janeiro e em São Paulo, sobre as minhas novas pesquisas para matérias da revista, ou ainda qualquer fato sobre a minha vida que não tenha lhe falado antes. Ele presta atenção a tudo o que lhe conto como se fosse algo fascinante. Eu não sou diferente. Também fico atenta a tudo o que ele diz s
LibertaçãoDe repente seus olhos eram duas poças fundasQue me sugaram para a mais profunda escuridão.E na minha memória fracaFicaram apenas vestígios da tua presença.Desses teus olhos negros, só guardo a dorDo desamor e do esquecimento.A tua face indiferenteQue refletiu todos os meus medos.Os teus lábios pálidos e friosQue não me aqueciam mais.E as tuas mãos, como grilhões enferrujados,Que sem vontade libertaram as minhas.Agora, como um pássaro solto da gaiola,Enfim minh’alma goza de emancipação tardia. Assim que chego ao hotel de Ravi sinto minhas mãos suarem e a re
Último capítulo