Já era madrugada de terça-feira, o auge do feriadão. Ao longe se ouvia música e vozes de um barzinho próximo ao condomínio de Deise. A jovem dormia tranquilamente, assim como sua amiga Miriam e seus irmãos. Do outro lado da parede do quarto de Deise ficava o quarto dos filhos de Edson. Mas, este, estava vazio.
Paula e Felipinho estavam no quarto da mãe. Dormiam ao lado dela. Edson ainda não tinha voltado e Márcia tinha a certeza de que ele não retornaria antes do amanhecer. Era seu dia de folga. E ela jamais cogitou questioná-lo sobre aonde ele ia ou com quem estava.
Desde o nascimento de Felipinho, Edson tornou-se distante da esposa. Tantas vezes ela se sentia culpada. Não estava em sua melhor forma. A casa e as crianças lhe consumiam todo seu tempo.
O marido andava sempre nervoso e qualquer coisa que dissesse o irritava. Ficaram distantes, apenas convivendo em uma relação fria. Edson mal dava atenção aos filhos também. Márcia acreditava que toda essa indiferença do marido era result