Adon não respondeu ao comentário de Axel. Apenas cruzou os braços, o maxilar travado, os olhos fixos no gerente — um olhar frio, perverso, que atravessava a distância com uma ameaça silenciosa. Se aquele olhar tivesse peso, o homem já estaria no chão.
O gerente se aproximou de Selene e sussurrou algo no ouvido dela. Ela apenas assentiu, tensa, pegando as bebidas com o barman e equilibrando-as na bandeja.
Enquanto isso, o homem que falara anteriormente com o gerente começou a subir as escadas que levavam ao andar superior, onde ficavam as salas reservadas. Ele olhou discretamente ao redor, tirou a aliança do dedo e a colocou no bolso.
Átila soltou um assobio baixo e fez um gesto com a mão, simulando uma arma apontada para o homem.
— Ele acabou de decidir o próprio fim e nem sabe — comentou com ironia. — E ainda é casado, olha só… que delícia de alvo.
Nenhum dos três riu. Axel ajeitou-se na cadeira, o olhar endurecendo. Adon, imóvel, seguia o homem com os olhos — e, por um instante, os t