Cap.125
— Calmantes — disse Átila, pesado. — Ele tomou demais. Depois do galpão, ainda ingeriu álcool quando estava te procurando no apartamento.
— Uma overdose? — Selene perguntou, a palavra soando errada na própria boca.
— Não exatamente — Átila respondeu. — Mas perto o suficiente para bagunçar tudo. Corpo, mente… reflexos.
Ela olhou para Adon, ainda ajoelhado à sua frente, tremendo, confuso, reduzido a algo frágil demais para combinar com o homem que conhecia.
Mesmo sentindo o rosto arder, ela se preocupou com o estado dele.
— Ele precisa de um médico — disse, firme.
— Ele não vai — Átila respondeu, resignado. — Já tentamos. Mesmo quando está assim, não conseguimos controlá-lo.
Selene baixou o rosto novamente, as mãos segurando o rosto quente de Adon.
— Adon. Olha para mim.
Com um esforço imenso, ele ergueu o olhar. Seus olhos estavam vidrados, a pupila dilatada, mas focaram nela.
— Você vai ao médico comigo agora — não era uma pergunta.
— Não preciso… — a voz dele saiu fraca.
— Vo