Cap.108
— Não se preocupa, lindona, é delivery do amor pós-conquista!
A voz era descontraída, familiar. Axel.
Antes que ela pudesse responder ou questionar, ouviu um click eletrônico na porta. A fechadura digital girou, e a porta se abriu.
Na entrada estavam Axel e Átila. Os dois “amigos” de Adon — como Selene ainda acreditava —, os homens que sempre pareciam orbitar ao redor dele com uma intimidade que ia além do profissional.
Selene deu um passo atrás, puxando a barra da camiseta para baixo, um rubor quente subindo pelo pescoço. Sentiu-se exposta, pega em território deles.
— Olá, princesa do cárcere — cumprimentou Axel, entrando sem cerimônia, com Átila logo atrás, fechando a porta.
Os olhos de Átila, sempre mais analíticos, percorreram rapidamente seu estado: a roupa de Adon, o cabelo desalinhado, a expressão entre o cansaço e o pânico.
— O Adon não está — ela falou rápido demais, a voz um pouco mais aguda que o normal. — Ele foi para a empresa. Não pensei que vocês viriam sem ele