As horas se arrastaram, cada minuto uma eternidade de angústia e culpa para Patrick. Ele estava sentado ao lado da cama, segurando a mão de Isabel, o olhar fixo em seu rosto pálido. A enfermeira havia dito que ela acordaria logo, e o pensamento encheu Patrick de um terror paralisante. Será que ela vai me odiar? Ela vai me expulsar da vida dela? A culpa por suas palavras estúpidas, por seu ciúme cego, por ter chegado tarde, pesava como uma rocha. Ele não conseguia esconder a sua angústia, o tormento estampado em seu rosto. Então, um leve tremor percorreu a mão de Isabel. Seus cílios piscaram uma vez, depois outra. Lentamente, dolorosamente, ela abriu os olhos. Não havia foco a princípio, apenas um vazio, como se sua mente estivesse lutando para se reconectar. Patrick prendeu a respiração, o coração batendo descompassado. O olhar dela vagou pela suíte, pelos equipamentos médicos, e finalmente, fixou-se nele. Reconhecimento surgiu em seus olhos. Não havia raiva, nem ódio... apenas uma pr