Flávia
É claro que eu estava gostando de tê-lo ali comigo. Atencioso, carinhoso... Por mais que eu dissesse que não, sua presença era confortável, e no momento eu não tinha tantas escolhas.
Quando ele saiu dizendo que iria tomar banho e depois voltaria, pensei em mandar uma mensagem dizendo que não precisava, que talvez fosse melhor ele não voltar mais. Mas a verdade era outra. Eu o queria ali. Pelo menos nesses dias.
Levantei-me, deixei Caio brincando e fui para o banheiro. Tomei um banho rápido, troquei de roupa, arrumei o cabelo—não queria estar desajeitada na presença dele. Depois, sentei-me no sofá e fiquei observando Caio brincar.
Ele não entendia o que estava acontecendo. Não fazia ideia do peso que eu carregava. Por muitas vezes quis ficar no meu colo, quis que eu sentasse no chão e brincasse com ele, mas nada daquilo era possível no momento.
Tudo o que eu podia fazer era estar ali. Presente, mas distante.
Uma hora e meia depois, Ricardo voltou. Carregava uma mochila e algumas