Ricardo
Entrei em casa ensopado pela chuva, mas com um sorriso que a água não conseguiu apagar. Aquela mulher, tão linda e tão reservada, me permitiu entrar em sua casa, ainda que por um instante, no seu mundo. Isso era bom, não era?
O calor do banho afastou o frio, mas não os pensamentos. Celina estava certa. Eu faria de tudo para conquistar sua confiança, para que não sentisse mais vontade de fugir. Peguei o celular, hesitei por um momento, e então escrevi a mensagem—um pequeno passo, mas talvez o primeiro de muitos
Na manhã seguinte, fui trabalhar com um sorriso que teimava em permanecer no meu rosto.
— Por que essa cara de idiota? — perguntou Maurício, me analisando c