— Eu não sou o pai do Mário. — Helder negou instintivamente. — Vim buscar a Bruna.
A professora olhou incrédula, em sua lembrança, Bruna não tinha pai, sempre era Vanessa quem vinha buscá-la.
— Não brinque, por favor. A Bruna nunca teve pai.
O rosto de Helder ficou sombrio, e sua voz se tornou mais fria.
— Eu sou mesmo o pai da Bruna. Onde ela está?
A professora, surpresa, não conteve o tom de deboche.
— Desculpe, todos aqui achávamos que o senhor era o pai do Mário. A Bruna já fez a retirada da matrícula. A mãe dela não lhe informou?
Helder insistiu:
— Sabe para onde ela foi?
A professora balançou a cabeça, pensando consigo mesma como era difícil para Bruna e sua mãe, tendo um marido e pai assim.
Ela o desprezou e falou de modo sarcástico:
— O senhor é o pai dela e não sabe para onde ela foi. Como é que eu vou saber?
— Eu sei, eu sei! — Um menininho correu até eles. — A mãe da Bruna é amante, levou a Bruna embora para o país das amantes.
O rosto da professora mudou de cor imediatament