Arthur
O grito nos fez levantar. Amelie.
— Está acontecendo alguma coisa. — Puxei mais uma vez as correntes, meus pulsos e tornozelos estavam machucados de tanto insistir. — Ele vai matá-la, precisamos sair daqui.
Puxei novamente sentindo a pele da minha mão rasgar mais uma vez. Aquele maldito, ele iria matá-la igual fez com sua última esposa. Igual fez com nossa mãe.
— Willian… — Não continuei, ele não parecia estar ouvindo
Willian encarava fixamente a entrada desse lugar, a sombra dele era projetada na parede pela única vela deixada por nosso pai mais cedo.
De repente, caiu de joelhos, ele gemeu e me afastei ao perceber. Não, não era possível. Isso nunca aconteceu dessa forma. Não era noite e muito menos de lua cheia.
Seus braços tremeram e ele não segurou a voz ao sentir dor e normalmente não acontecia. O suor ficou mais abundante em sua pele e seus músculos tremeram. Suas costas incharam, e a pele rasgou. Ele conteve o grito e quase pude sentir sua dor.
Afastei-me. A sombra proj