No fim, somos aberrações...
Arthur
— O que você fez? — Willian aproximou-se apressado, seu tom mostrava o descontentamento de quando achava que tinha razão.
Ignorei seu chamado e continuei agachado, arrancando o mato do chão fofo e úmido ao redor do poço. Eu estava irritado demais para sustentar uma discussão que, provavelmente, resultaria em uma briga corpo a corpo.
— Arthur!
Rosnei e puxei o mato com mais agressividade.
— Eu não fiz nada — respondi entre dentes.
— É claro que fez. Quando retornei, Amelie estava estranha e toda marcada.
Sorri de canto, eu realmente deixei sua pele sensível cheia de marcas dos meus beijos.
— Eu não fiz nada que ela não tenha me permitido. — Levantei e tirei o suor do rosto com as costas da mão antes de olhar para Arthur. — E ela não me permitiu muito.
— Achei que tinha perdido o controle.
— Eu jamais a machucaria, sabes disso.
— Desculpe, estou nervoso.
— Pode ter certeza que me sinto igual, irmão. Sinto vontade de rasgar minha pele com as unhas. — Encarei Willian por um longo