Arthur
Quando o som da carroça estava longe o suficiente, olhei para Amelie que estava parada no centro da cozinha. A poeira podia ser vista no ar através da claridade que entrava pela janela e a porta dos fundos, nossas pegadas estavam marcadas no chão sujo, mas eu só conseguia me interessar por ela.
Gostaria de saber o que tanto pensava.
Aproximei-me e percebi que ficou inquieta, mas apenas sorri por ver que reagia a mim. Devagar, passei meus braços em sua cintura até tê-la totalmente encaixada. Cheirei sua nuca por cima dos fios de cabelos e suspirei.
Não existia nada melhor que o seu aroma.
— O que achou? — Esfreguei meu nariz em sua pele ao perguntar.
— Parece bom. A casa está em bom estado.
Concordei silenciosamente, não estava interessado nesse tipo de conversa na verdade.
— Senti saudades. Não consegui parar de pensar em você nem por um momento. Cheguei a conclusão que eu não queria parar de pensar em nós. — Apertei sua barriga e a puxei mais como se fosse possível ficarmos