Amelie
Alguns minutos depois, eles terminaram de se arrumar para sair, eram roupas gastas, mas estavam limpas, apenas as camisas que estavam mais apertadas em seus braços. O que ainda me impressionava.
— Então? O que tem para dizer? — Arthur perguntou e ainda percebi a impaciência em seu tom.
— Eu quero trabalhar.
— O que? — Arthur franziu cenho.
— Na verdade, eu recebi uma proposta, mas eu queria conversar com vocês antes. Bem, não é nada demais, vou trabalhar como assistente em um ateliê de costura.
— Então você já decidiu? — Willian cruzou os braços tão sério quanto o irmão. Isso me deixou mais nervosa.
— Eu acho que pode ser bom, será uma ajuda e terei uma ocupação.
— Servindo os outros. — Arthur jogou-me na cara rudemente.
Meus lábios tremeram, eu não conseguia me impor. Meu coração batia forte e novamente, minhas mãos estavam inquietas.
— É naquele lugar onde comprou seus vestidos? — Willian perguntou com cuidado.
— Sim. Uma mulher administra e costura as roupas.
— Ela tem marid