Era familiar...
Amelie
A ponta do lápis deslizou bem pelos riscos já feitos. Desenhar era algo automático, eu não precisava me forçar para que os traços fossem feitos.
A imagem na minha cabeça era nítida, meus sentimentos também. Dificilmente, sonhos eram tão lembrados e sentidos como esses que, de alguma forma, tinha algum significado.
Mas eu não sei qual. Não entendo o que eles querem me dizer.
O vento frio entrou pela janela, hoje eu tive coragem de sair da cama e sentar à pequena mesa da sala. Eu devia estar trabalhando, mas Willian decidiu que uns dias de descanso seria bom.
Eu não o questionei tanto. Talvez ele tivesse razão, eu poderia cometer erros por estar distraída e Victória ficaria desapontada. E eu não gostava de decepcionar as pessoas.
Continuei preenchendo aquela imagem, lembro-me que a última vez que desenhei, também fiz algo perturbador, tanto que ainda poderia reproduzir o mesmo desenho, apesar do tempo que se passou.
Senti mais uma vez o vento bater em minha bochecha, faltava pouc