Amelie
Ao sair, parei ainda em frente a porta, Willian estava encostado na parede de braços cruzados. Meu coração bateu mais forte e eu sorri. Durante todo o dia permaneci preocupada, mas fiquei feliz em vê-lo. Era uma sensação diferente que causava-me um frio na barriga e uma felicidade explícita, pois tinha certeza que ficava visível em meu rosto.
Ele estava arrumado, cabelos penteados e barba aparada. Sorriu ao me ver, mas não como normalmente, isso me abalou mais do que esperei.
— Oi — Cumprimentei timidamente ao me aproximar. — Esperou por muito tempo?
— Sim.
— Ah, me desculpe, eu deveria ter me atentado à sua chegada.
— Não me referi a agora.
Fiquei sem entender, mas Willian apontou para o cavalo amarrado ali perto.
— Antes de irmos, precisamos comprar comida. Eu vi que tem peixe fresco, gosta?
— Gosto.
— O que acha de um caldo para essa noite?
— Tudo bem.
Constrangida por sua frieza, eu o segui mantendo a distância de um passo. Eu não gostava daquela sensação angustiante, mas