Amelie
As pessoas de classes baixas viviam quase na miséria, eu conhecia a realidade pois me compadeci de muitas que conheci e eu não era alheia às notícias de política, creio que me adaptaria a qualquer vida que fosse.
Eu até mesmo poderia viver em um casebre desses.
Olhei para a porta fechada de maneira improvisada ao ouvir algo do lado de fora, Willian se apressou em abri-la e me levantei do chão.
— Finalmente! — Willian recebeu Arthur que trazia um saco de pano cheio com entusiasmo.
— Não demorei tanto assim. — Ele olhou-me de cima a baixo e puxei a parte rasgada da camisola para cima.
Eles eram idênticos, agora de dia eu conseguia ver com mais clareza. Os mesmos olhos cor de mel, a mesma cor dos cabelos, mas Arthur tinha os cabelos um pouco mais ondulados que Willian.
— E ela, como está? — Arthur perguntou para Willian um pouco baixo, mas não o suficiente para que eu não ouvisse.
— Estou bem — respondi a ele e me aproximei.
— Fico feliz que esteja. — Seu meio sorriso não era tím