“A lealdade como crença, A disciplina como valor. A coragem como hábito. A missão como destino.” C. Op. Esp.
Santiago estacionou o carro em frente à casa de Helena. As luzes amareladas dos postes recortavam a rua de paralelepípedos, projetando sombras alongadas e ressaltando as imperfeições do calçamento. Um pouco adiante, na pequena praça do bairro, alguns senhores jogavam cartas enquanto senhoras conversavam distraidamente. Duas crianças ainda corriam pela rua, insistindo em prolongar a brincadeira, enquanto outras obedeciam ao chamado das mães que ecoava das janelas: era hora do jantar. Aquele lugar tinha algo de antigo, quase suspenso no tempo — um recanto acolhedor em meio ao caos barulhento da cidade.
No banco do carona, Mabe observava atentamente.
— Vai ser difícil ficar longe de você… — sua voz saiu baixa, quase um segredo. — Mas eu preciso que cuide dela por mim. Consegue fazer isso?
Os olhos dela brilharam em aprovação.
Eles desceram do carro. Antes de abrir o portão de fer