“Todo afeto começa como arte: primeiro o traço, depois a coragem de dar cor.” Autor desconhecido
Quando alcançaram as portas de vidro do salão, prontos para sair, Helena parou.
Respirou fundo, como se só então percebesse algo óbvio.
— Eu… não pensei em como iria embora — disse, quase em um sussurro.
Lívia parou ao lado dela, franzindo o cenho.
— Eu também vim sem meu carro — murmurou, analisando mentalmente alternativas.
Santiago, que as observava de perto, quebrou o silêncio:
— Eu levo vocês. O manobrista já trouxe meu carro, está aqui na frente.
Helena assentiu em agradecimento, mas não se moveu de imediato. Virou-se para os pais, os olhos suavizando.
— Eu queria que já estivesse tudo pronto em casa para receber vocês… — confessou, com um sorriso tímido.
Rogério acariciou o rosto da filha com carinho sereno.
— Não se preocupe com isso. Estamos hospedados aqui no hotel, assim como seu padrinho e seu tio — disse, referindo-se a Ricci e Windsor.
Consuelo completou com doçura:
—