Ela…
Quando meus olhos finalmente se abriram, tudo parecia uma confusão.
A claridade tênue das luzes do hospital irritava minha visão, e a sensação de cansaço tomava conta do meu corpo.
Por um instante, pensei que ainda estava com aqueles homens, presa, perdida, mas então, os sons familiares do monitor cardíaco me trouxeram de volta à realidade.
Meu olhar vagou pelo quarto até se deparar com Klaus.
Ele estava deitado em um sofá estreito, os braços cruzados sobre o peito e a cabeça caída para o lado, como se o peso do mundo estivesse sobre ele.
Mesmo dormindo, ele parecia inquieto, como se estivesse pronto para saltar e enfrentar qualquer ameaça.
Não sabia a quanto tempo estava ali, nem o que tinha acontecido depois do caos.
Mas eu sabia que Klaus estava ao meu lado, como já fizera outras vezes.
E, por mais que relutasse em admitir, havia algo reconfortante nisso.
— Klaus? — minha voz saiu baixa, fraca, quase um sussurro.