Ela...
Passei dias tentando dar espaço ao Klaus.
Sabia que ele precisava de tempo para digerir tudo: a verdade sobre quem eu sou, o que aconteceu conosco e o tal “noivo” que meu pai insistiu em apresentar de maneira tão inoportuna.
Mas o silêncio dele estava me consumindo.
Eu precisava vê-lo, explicar tudo, colocar as cartas na mesa e tentar entender o que ele sentia.
Tomei coragem e fui ao hospital onde ele trabalhava.
Minha intenção era simples: encontrar Klaus, falar com ele e, quem sabe, ter alguma chance de consertar as coisas.
Mas nada, absolutamente nada, poderia ter me preparado para o que eu encontrei.
Assim que entrei no hospital, vi Klaus ao longe, vindo pelo corredor.
Ele estava com o jaleco impecavelmente branco, o rosto sério, mas sereno. Os cabelos levemente bagunçados, a barba por fazer dando aqu