Autora…
O ar da sala cirúrgica estava pesado, mesmo com todos os aparelhos trabalhando em perfeita sincronia.
Klaus tirou as luvas com um estalo seco, caminhando até o centro da equipe enquanto seus olhos permaneciam fixos na tela com os exames de Tânia Reneg.
O diagnóstico era claro como cristal: um tumor extenso no estômago, com risco real de perfuração e sepse se não fosse retirado com urgência.
A janela cirúrgica era estreita.
O tempo corria.
Mas, do lado de fora do centro cirúrgico, o impasse tomava proporções alarmantes.
— Eles não autorizaram, doutor Klaus — disse a coordenadora do setor, entrando com a ficha nas mãos.
— Os pais da paciente assinaram o termo negando o procedimento. Disseram que ela jamais concordaria com uma cirurgia invasiva feita por você.
Klaus franziu a testa, o maxilar tenso.
Respirou fundo.
Seus olhos estavam vermelhos, tan