Ela...
A manhã começou com o som de trovões distantes.
O céu, antes de um azul límpido, agora estava encoberto por nuvens pesadas e cinzentas.
Não era difícil prever o que estava por vir: uma tempestade.
Mais uma.
E eu sabia que precisava reforçar o abrigo se quisesse evitar que tudo fosse levado pelo vento e pela chuva.
Passei as primeiras horas reunindo o que podia: galhos, folhas grandes e algumas pedras para segurar tudo no lugar.
Enquanto trabalhava, notei Klaus mais ao longe do que de costume, sentado em uma grande pedra, olhando para o mar como se o horizonte pudesse lhe oferecer alguma resposta.
— Klaus! — gritei, mesmo sabendo que provavelmente seria ignorada.
— Se você não quer ajudar, pelo menos ache um lugar para se proteger!
Nenhuma resposta.
Apenas aquele silêncio insuportável que parecia me perseguir desde que decidimos não nos falar mais.
Enquanto eu continuava a reforçar minha cabana, o vento aumentava.
A areia chicoteava meu rosto e as folhas que eu u