Ela…
O silêncio daquela praia parecia falar mais alto do que qualquer discussão.
A areia fria sob meus pés era um lembrete constante de onde eu estava, mas também do abismo que agora me separava de Klaus.
Desde nossa briga, ele havia desaparecido para o lado oposto da praia, levando consigo apenas o saco de dormir e a mala.
Eu o via, à distância, mas não fazia questão de chamá-lo.
Não mais.
A verdade é que eu estava cansada.
Cansada de carregar o peso da sobrevivência sozinha e ainda suportar o amargor dele.
Se Klaus queria se afundar em sua raiva, que o fizesse.
Eu não imploraria mais, nem tentaria entender os monstros que ele insistia em alimentar.
Agora, a minha luta era apenas minha, e eu sobreviveria, com ou sem ele.
Naquela manhã, acordei com o som das ondas quebrando preguiçosamente na praia.
O sol ainda despontava no horizonte, tingindo o céu com tons de laranja e rosa.
Levantei-me, esfregando os olhos e alongando o corpo dolorido antes de começar meu dia.
Camin