Você não sabe o que me faz sentir... Parte 7
Chegaram ao bar e lhes indicaram a mesa que foi reservada pelo assistente daquele cliente. Marco pediu um uísque seco e Valeria uma taça de vinho. Ela não estava para pedir outro tipo de bebidas. Devia se manter sóbria e hoje era uma boa oportunidade para aprender sobre esse mundo que não imaginava chegar a conhecer.
Hoje Marco estava radiante naquele terno cor cinza Oxford, aquela camisa branca e gravata combinando. Usava abotoaduras e prendedor de gravata de prata, seu clássico Rolex que sempre o acompanhava. Aqueles óculos sem aro lhe davam um ar juvenil mas poderoso. Era inevitável que Valeria não o visse e sentisse cócegas nas mãos e uma leve pontada no estômago, mas se mantinha firme. Sua mente a repreendeu: "Pare de pensar em coisas, Valeria. Já conversamos sobre isso. Entre você e este senhor nunca deve acontecer nada. Você já não está para andar procurando amores".
Depois de um momento de silêncio, chegaram finalmente as bebidas. De aí a língua de ambos se soltou.
— Valeria, o